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Quatro dicas para negociar o seguro do carro novo

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negociar o seguro do carro novo

Portugal está a atravessar uma fase de reanimação da economia e um dos sinais de que o consumo privado está em retoma pode ver-se através das estatísticas sobre as vendas de automóveis divulgadas pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal). Os dados da organização são claros. Em março de 2015 venderam-se mais de 20 mil veículos ligeiros de passageiros, o que representa um aumento próximo de 42% em comparação com o mesmo mês do ano passado. E durante os três primeiros meses deste ano, as vendas superaram os 46 mil veículos, a que equivale uma subida de 36,1% em relação ao primeiro trimestre de 2014.

Quem decide comprar um automóvel novo, sabe que tem de tratar do respetivo seguro, quer se trate de uma apólice que cubra os riscos obrigatórios por lei ou vá para além disso, incluindo, por exemplo, os chamados “danos próprios”. Visto que existem várias companhias no mercado, a oferta é relativamente variada, começando pelos preços cobrados. Vale a pena, por isso, seguir algumas dicas para negociar o prémio mais interessante, o que pode significar uma fonte de poupanças para os titulares dos seguros.

1. O conforto pode não ser a melhor tática. Manter o seguro do carro na mesma companhia que assegurava a cobertura de riscos associados à utilização do veículo antigo pode parecer a solução menos trabalhosa, mas também pode não ser a mais barata. Consulte diferentes companhias, incluindo as chamadas “low cost”, forneça as características do carro e as condições que pretende para o seguro e compare as ofertas. Vai ver que os prémios variam e que até pode apanhar alguma promoção que mereça o trabalho de mudar de seguradora. Pode começar por avaliar as diferenças através de simulações “online” e, posteriormente, contactar as empresas para discutir pormenores e esclarecer dúvidas.

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2. Utilize as vantagens negociais de que disponha. Condutores que não tenham registo de acidentes ou participações são os melhores amigos das companhias de seguros. Neste caso, faça-se valer da sua posição de “bom cliente”, daqueles que habitualmente pagam atempadamente os prémios, mas não geram custos para as seguradoras. Dificilmente uma companhia quererá perder um segurado com estas características, o que jogará a seu favor.

3. A galinha do vizinho é melhor. Com diversas ofertas na mão, pode comparar os prémios e tentar poupar algum dinheiro. Negoceie, comunicando à seguradora que merece a sua preferência inicial, eventualmente aquele com quem já trabalhava, que existem no mercado ofertas mais favoráveis para os seus interesses. Se for um dos tais “bons clientes” ou se a seguradora estiver interessada em conquistar novos clientes, é muito bem possível que se disponham a ajustar a proposta inicial para valores mais interessantes.

4. Quantos mais, menos paga. Há seguradoras que estão disponíveis para praticar prémios mais generosos no caso de o cliente ter diferentes seguros contratados na companhia. Durante a fase de avaliação dos preços e de negociação do prémio, faça com que esta situação se vire a seu favor. Também pode ser uma forma de baixar os preços e de libertar recursos que poderá usar em investimento ou noutras despesas de consumo.